O plexo braquial, estrutura composta por raízes nervosas que se situa entre o pescoço e a axila, é responsável por enervar os membros superiores e pela sensibilidade e motricidade dos mesmos (ombros, cotovelos e mãos).
A lesão do plexo braquial pode ocorrer devido ao rompimento ou estiramento parcial ou completo dessas fibras nervosas que compõem o plexo. Em crianças, é mais comum que acometa recém-nascidos por causa de movimentos de torção ou puxar durante o parto.
Como consequência, a lesão dessa estrutura leva a paralisias (total ou parcial do ombro, braço, antebraço e/ou mãos), alterações de sensibilidade e dores que podem incapacitar o paciente, além de risco de atrofia muscular.
Tipos de lesão do plexo braquial
Há três tipos de lesão do plexo braquial; confira.
- Neuropraxia: é a forma mais leve da lesão no nervo. A condução nervosa é interrompida, mas a continuidade axonal não é perdida.
- Ruptura axonal: envolve a degeneração axonal, em que a continuidade do axônio e sua membrana circundante (mielina) são relativamente perdidas, mas a estrutura do tecido conjuntivo do nervo é preservada.
- Ruptura do nervo: lesão grave do nervo em que o nervo é completamente interrompido por tração, contusão ou ruptura. A forma mais extrema de neurotomia é a transecção, que produz dano suficiente para destruir o tecido conjuntivo do nervo, bem como o axônio e a bainha de mielina. Nesses casos, a recomendação da cirurgia é imprescindível.
Tratamento
Para bebês com lesões de plexo (geralmente paralisias pós-parto), podem e devem realizar essa cirurgia que, quando indicada, tem uma janela de tempo de 6 meses. Por isso, os bebês devem ser acompanhados mensalmente desde o primeiro mês de vida, até a decisão de necessidade cirúrgica.
O procedimento deve ser realizado dentro desse período porque depois da cirurgia o nervo cresce lentamente, em torno de 1 milímetro por dia. Assim, o nervo após o reparo tem que atingir o músculo até 1 ano pós-lesão.
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